Decidimos ir para Cartago de manhã e Sidi bou Said a tarde em nosso segundo dia na Tunísia (viagem realizada em Abril/2014). Saimos cedo do hotel, andamos pela avenida Habib Bourguiba até a estação do TGM. Passamos pela famosa Tour de L’horloge no caminho.
Compramos o bilhete por 0,70 TND por pessoa e fomos até a 11ª estação chamada Carthage Hannibal. Não teve muito erro, pois só tinha um trem e era uma única linha, portanto sem baldiações. Foi só seguir o pessoal, entrar no trem (que estava cheio) e aguardar até nosso destino, o que levou entre 20 a 30 minutos.
Não espere o conforto de um trem europeu. O trem é antigo, bem simples e dá a impressão que não foi renovado há muitos anos. Muita gente fica na porta, às vezes com o corpo para fora. Achei super perigoso, mas eles parecem estar bem acostumados com isso.
Chegando na estação de Cartago, nos perdemos. Começamos a seguir um monte de gente que saiu do trem e subiu a rua. Eles não eram turistas e logo cada um foi para um lado. Andamos por uns BONS minutos, já que eu queria encontrar Thermes d’Antonin, mas estávamos na direção oposta…. não iríamos achar mesmo por lá. Perguntamos para algumas pessoas na rua, todos nos mandavam para diferentes direções e tentávamos entender as mímicas e as explicações em francês apenas. Acho que cada um tentava explicar e nos mandar para um lado, porque nós perguntávamos os nomes dos lugares em inglês, e não em francês. Por isso acho que eles não entendiam muito bem.
Depois de muito tempo andando desisti de encontrar esse lugar e nos dirigimos para o Museu de Cartago (esse sim era subindo a rua saindo da estação).
Passamos um bom tempo lá vendo o museu. O ingresso custou 10 TND por pessoa e dá direito a ir em várias atrações na região, com o mesmo ticket. Isso porque no ingresso tem o nome de todos os lugares que você pode visitar como Amphithéâtre, Villas Romaines, Théâtre Romain, Musée Paléochretien, Musée de Carthagem Tophet de Salambo, Thermes d’Antonin, Quartier Magon. Ao chegar no lugar é só mostrar o seu ingresso que eles marcam a caneta que você esteve por lá. Pagamos mais 1 TND para termos a autorização para tirarmos fotos nos lugares.
No Museu perguntamos para 03 pessoas diferentes que falavam mais ou menos inglês onde ficava o tal Thermes d’Antonin. Eles explicaram que ficava do outro lado da estação de trem (não explicaram assim tão fácil, mas conseguimos entender a mensagem).
Nos dirigimos para lá e finalmente achamos! Então, saindo da estação Carthage Hannibal, se você subir a rua dará no Museu. Se descer a rua dará no Thermes d’Antonin e outras atrações que fomos.
Eu queria muito conhecer esse lugar, pois escutei que era o lugar mais bem preservado e realmente achei mesmo. Os demais lugares não são tão preservados assim… uma pena. Cartago é muito bonito com várias casas bem grandes e bonitas. Já dá para reparar que o bairro é bem rico.
Ali perto tem o Quartier Magon que também passamos, mas não achei muito interessante não. Está tudo bem destruído e você não consegue ver quase nada infelizmente.
Depois caminhamos para Villas Romaines e Théâtre Romain. Você encontra algumas placas com indicações nas ruas para essas atrações, então consegue ter uma noção de onde ficam.
A tarde pegamos o trem novamente e andamos uma estação até Carthage Présidence, pois a linha estava em manutenção e o ponto final era ali. Saindo da estação pegamos um ônibus (ele já fica parado na porta esperando as pessoas que chegaram com o trem) e não precisamos pagar nada, pois o valor já estava incluso na passagem que tínhamos comprado. Conhecemos dois adolescentes que nos falaram que ponto tínhamos que descer para irmos à Sidi bou Said, mas várias pessoas descem nesse mesmo ponto e você já avista do ônibus as lojas brancas com portas azuis.
Descendo do ônibus conhecemos um casal (um tunisiano e uma japonesa) que nos indicaram qual diração deveríamos ir, nos contaram a história de amor deles e nos acompanharam até o Cafe des Nattes, um dos mais famosos e típicos da cidade. Paramos para tomar alguma coisa, já que estava quente e estávamos andando desde cedo.
Depois percorremos com calma as ruazinhas com suas casas brancas com portas azuis, e até achamos uma com uma porta diferente. Várias lojinhas vendendo roupas, sapatos, souvenirs, etc. Lembre-se de pechinchar! Lá também você deve tomar cuidado com o troco e conferir direitinho, pois eles dão troco errado.
Decidimos então parar para comer algo e fomos para o Cafe des Delices que fica meio “escondido”, mas tem uma vista maravilhosa. Chegando lá ficamos super confusos, pois foi um tal de vários garçons nos persuadirem para sentarmos em mesas diferentes. Demoramos um pouco para entender o porquê, já que tinham mesas em vários andares diferentes, mas tudo fazia parte do mesmo estabelecimento. Depois entendemos que cada garçom cuidava de um pavimento e eles ficavam nessa “disputa” de clientes por causa das gorjetas.
Enfim, comemos e bebemos e até experimentamos o típico chá de Pinus deles. No final pedimos a conta e o garçom pediu para levantarmos da mesa. Pediu a conta, já tem que desocupar o lugar! E a conta, nos dois cafés em Sidi bou Said, os garçons apenas falaram o valor sem mostrar os cálculos. Ao pedirmos, ele disseram não ter recibo e que os valores estavam corretos. Se o total estava certo ou errado? Só se eu desse uma de detetive, porque nem no cardápio tinha o valor de tudo. Bebida, por exemplo, achei o valor só num menu na parede do restaurante e ainda estava tampado com fita. Ou seja, tivemos que confiar no garçom e claro, conferir direitinho o troco!
Andamos mais um pouco por lá e nos dirigimos para o ponto de ônibus para voltarmos à Tunis. Compramos a passagem de volta na bilheteria em frente ao ponto de ônibus e fizemos o mesmo percurso da ida.